Rua Clicério Leite: essa rua conta Nossa História

RUA GLICÉRIO LEITE A Glicério Leite fica no bairro Serrinha, tem início nos limites do espólio da família Brilhante, logo a seguir

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CRUZAMENTO DA RUA GLICÉRIO LEITE COM A CE – 384

RUA GLICÉRIO LEITE

A Glicério Leite fica no bairro Serrinha, tem início nos limites do espólio da família Brilhante, logo a seguir tangencia a capela de Nossa Senhora Aparecida pelas as laterais norte e sul; intercepta as ruas: Benjamin Constant, Padre Argemiro Rolim, Amélio Leite, Zé Dodô, cruza a CE – 384 e demanda em direção ao bairro Extrema. O nome do logradouro é uma homenagem da Câmara Municipal ao comerciante GLICÉRIO DE SOUSA LEITE, de origem paraibana, com raízes fincadas em solo mauritiene; Mauriti acolheu a família SOUSA LEITE, que tinha como líder Teodorico de Sousa Leite, tio de Glicério; Teodorico foi vereador e prefeito, grande empreendedor; a família SOUSA LEITE muito trabalhou pelo desenvolvimento do município de Mauriti.

Seu Glicério, como era tratado, respeitosamente, nasceu no início do século vinte e faleceu em Mauriti, em 1962. Filho de ANTÔNIO SALVIANO DE SOUSA LEITE, (irmão de Teodorico) e JOANA PONCIANO DE OLIVEIRA; tiveram mais dez filhos: Assis de Sousa Leite, João de Sousa Leite, Luiz de Sousa Leite, todos ligados ao comércio; Fernando de Sousa Leite, este foi vereador em Mauriti, indo, posteriormente, se estabelecer como comerciante na cidade do Crato Ceará; Oscar de Sousa Leite, migrou muito jovem para o Amazonas como soldado da borracha, não mais retornando à terra natal e Amélio de Sousa Leite, que aposentou-se como funcionário da Prefeitura Municipal de Mauriti, na função de tesoureiro, cuja abnegação sobrepujou os limites das diferenças políticas entre UDN e PSD; partidos que disputaram o poder municipal da década de quarente até o golpe de 1964; Amélio permaneceu todo esse tempo como tesoureiro da prefeitura municipal, acima das diferenças políticas, que à época, muitas vezes chegavam as vias de fato; o pai, Antônio Salviano de Sousa Leite e a esposa acresceram  a sua família quatro filhas: Santa (Maria do Espírito Santo), Iaiá (Maria de Sousa Leite), Júlia de Sousa Leite, que não tiveram filhos e Laurinda, esposa de Arlindo da família Martins de Morais; GLICÉRIO, como os demais irmãos, herdou do patriarca Antônio Salviano de Sousa Leite a cultura da paz, a educação e a ética da temperança e do equilíbrio; cultivou no decorrer da vida a convivência da moderação, de maneira que durante os governos do PSD, adversários políticos, amenizou os confrontos partidários e evitou vinditas, muitas vezes geradas por contraparentes mais afoitos.  

Seu Glicério, antes de se dedicar ao comércio, foi fiscal de fronteira, segundo a nomenclatura da época; trabalhou na usina de beneficiamento de algodão, do tio, Teodorico de Sousa Leite; e como comerciante foi proprietário do primeiro bar de Mauriti (1948), quando comprou a primeira geladeira da cidade, até então a cerveja era gelada no pé do pote ou enterrada na areia molhada.

Casou-se com Maria Alice de Sousa, nascida no município de Jardim Ceará, a conheceu quando a mesma visitava os irmãos, residentes em Mauriti: José Mendes Bezerra, (seu “Mendim”); dona Milica esposa de Isaac Dantas; e dona Toinha, casada com Belo Fernandes (seu “Belim”), esses dois casais possuíam propriedades e residiam no Sítio Canto do Mel.

Do matrimônio de GLICÉRIO com Maria Alice de Sousa Leite, nasceram: José Nilson de Sousa Leite que ilustrou a câmara municipal, vereador, eleito em 1972, pela ARENA, para o mandato de 1973-1976; animador cultural, foi proprietário do  segundo cinema instalado na cidade, o CINE REX; como animador cultural participou dos principais eventos culturais de Mauriti; migrando, na maturidade,  para o comércio e a agropecuária; Haroldo de Sousa Leite, de saudosa memória, foi comerciante e representante comercial; Antônio Mendes de Sousa, Bombeiro Militar, em São Paulo; Marcelo de Sousa Leite representante comercial; as filhas Zenilda Felpe Leite e Zeneida Alves Leite, casaram-se em Mauriti e Maria Zuleide de Sousa Leite, (in memorian) que continuou inupta, em sociedade com a mãe, dona Alice, se estabeleceu no ramo de prestação de serviços: proprietárias do Mauriti Hotel, na rua Marechal Floriano, em frente à praça Dr. Cartaxo; o hotel recebia os que visitavam  Mauriti e “viajantes”, isto é, os representantes comerciais, que atendiam ao comércio local: lojistas do ramo de tecido, farmácias, indústrias, etc.

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