As duas faces da política, gastando nosso dinheirinho

A gastança no pleito de outubro de 2024 sinaliza com a vitória para os que vão gastar muito e com o desespero

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A gastança no pleito de outubro de 2024 sinaliza com a vitória para os que vão gastar muito e com o desespero para os que pensam em eleição como um papo de botequim, domina o assunto quem conta muitas lorotas.   

Logo quem vai gastar mais, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e o PT do Presidente Lula da Silva, vão receber as maiores parcelas do FUNDO ELEITORAL em 2024; o primeiro (PL) vai receber R$ 886,80 milhões, (17,87%) e o PT R$ 619,80 milhões (12,49%), do total do fundão, isto é: de R$ 4,9 bilhões. Essa dinheirama vai reforçar o poder dos caciques políticos, eleger deputados e senadores, em sua maioria, sem compromisso com as questões fundamentais do país: saúde, educação, infraestrutura e segurança pública, principalmente.

Os partidos políticos com maior retirada do FUNDO ELEITORAL, para bancarem a eleição de 2024: PL R$ 886,8 milhões, PT R$ 619,8 milhões, UNIÃO BRASIL R$ 536,5 milhões, PSD R$ 420,9 milhões, PP R$ 417,2 milhões, MDB R$ 404,6 milhões, são os seis partidos mais aquinhoados financeiramente.

Como observa O JORNAL Folha de São Paulo: “A divisão do dinheiro entre os 29 partidos cadastrados regularmente no sistema do TSE é proporcional ao desempenho da legenda no último pleito, em 2022”. Logo, os caciques políticos vão “dar o sangue” para conquistar redutos eleitorais significativos e assim aumentar suas bancas no Congresso Nacional.

Em 2017 foi criado FUNDO ELEITORAL pela lei 13.487, em face da proibição de doações de pessoas jurídicas aos partidos políticos; o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o fundão é uma das principais fontes de receita para que os partidos realizem as campanhas eleitorais de seus candidatos.

Nesse novo cenário político Mauriti, nas eleição de seis de outubro de 2024, para prefeito e vereador, pelas candidaturas postas, a população vai participar de um embate político em que os candidatos se encontram em condições desproporcionais se considerarmos os recursos oficiais, leia-se Fundo Eleitoral; na situação o PT com recursos oriundos do fundão de R$ 619,8 milhões, mais a força Da gestão municipal, patrocinar seus candidatos a prefeito e vereador; na oposição o PDT com uma dotação do fundão de R$ 173,90 milhões para os candidatos do partido em todo Brasil. Para tanto, é assegurado a direção partidária eleger sua lista de prioridade, em tese: primeiro os candidatos das capitais e cidades de grande e médio porte, dentre esses, mais recursos para aqueles que apresentam possibilidade de vitória. Cidades do porte de Mauriti estão no final da fila, no julgamento e decisão da cúpula partidária. Portanto, os recursos a serem injetados na campanha do PDT em nosso município, devem sair, principalmente, do bolso dos próprios candidatos.

Vejamos, o PDT tem candidatos a prefeito em cinco capitais: Fortaleza (Ce) a reeleição do atual prefeito José Sarto, prioridade das prioridades, pois se Sarto não se reeleger o seu partido mingua, ou pode desaparece do cenário político cearense; Belo Horizonte (Mg) o esforço é a eleição de Duda Salabert, deputado e em segundo lugar nas pesquisas; Macapá (Ap) o candidato do PDT Jesus Pontes deputado estadual; São Luiz (Ma) Fábio Câmara ex-vereador da capital com limitadas possiblidades de ser eleito;  Aracajú (Se), Luiz Roberto candidato do atual prefeito com muitas possibilidades de se eleger, prioridade na distribuição dos recursos.

Em nosso Estado a situação do PDT tem como marca “a cisão entre os irmãos e ex-governadores Ciro e Cid Ferreira Gomes no cenário político do Ceará desencadeou uma série de eventos que abalaram as estruturas do PDT local e reverberaram em todo o estado. O conflito culminou na retirada do partido de quase 40 prefeitos, 10 deputados estaduais e 4 federais, todos liderados por Cid, que acabaram se filiando ao PSB. Esse desmembramento não apenas fragmentou uma aliança histórica entre o PT e o PDT no Ceará, mas também evidenciou as profundas discordâncias ideológicas, estratégicas e de interesses entre os dois irmãos”. (Tarek Nassif, Radar Governamental). Esses fatos limitaram ainda mais dinheiro para municípios abaixo de cem mil eleitores, em face da restrição orçamentária dos recursos oriundos do fundão e da prioridade que deve ser dada a localidades em que os candidatos do PDT vão para reeleição, no Ceará Juazeiro, Quixeramobim e Fortaleza.

FRANCISCO CARTAXO MELO
ANALISTA POLÍTICO

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