Tiro mata Médica Capitão de Mar e Guerra

Tiro mata Médica Capitão de Mar e Guerra, superintendente do Hospital Naval Marcílio Dias Rio de Janeiro. Médica Gisele Mendes de Souza

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Tiro mata Médica Capitão de Mar e Guerra, superintendente do Hospital Naval Marcílio Dias Rio de Janeiro. Médica Gisele Mendes de Souza Mello, capitão de Mar e Guerra, participava de evento no auditório do hospital onde também era superintendente

O Brasil aterrorizado, não tem mais lágrimas para chorar esse horrendo crime: morte da médica Gisele Mendes de Souza Mello, capitão de Mar e Guerra e superintendente de saúde do Hospital Naval Marcílio Dias (RJ). Ela morreu após ser baleada na cabeça, dentro da unidade de saúde, na qual trabalhava, última terça-feira (10/11). De acordo com a polícia; informações preliminares apontam que o tiro entrou pela janela do 2º andar do anexo do hospital. Gisele foi atingida por uma bala durante um confronto entre militares e criminosos na zona norte do Rio de Janeiro. A bala teria atingido a testa da vítima. É mais uma estatística triste que se soma a outras mortes esquecidas nos escaninhos da comprometida polícia do governo do Rio de Janeiro.

“A médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, foi a 105ª vítima de bala perdida no Grande Rio em 2024. A capitão de Mar e Guerra morreu após levar um tiro na cabeça, enquanto participava de uma cerimônia nesta terça-feira (10), no Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio.

De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, das 105 vítimas de balas perdidas neste ano, 23 morreram. O estudo aponta ainda, que 60 vítimas foram baleadas durante operações policiais. Desde 2017, quando o instituto passou a compilar os dados, 1142 pessoas foram vítimas de balas perdidas no Grande Rio”.

No passado o Brasil chorou, no dia 5 de agosto de 1954, convulsionado, exigia o nome dos assassinos do atentado da Rua Tonelero, no Rio de Janeiro:  o assassinato do OFICIAL DA AERONAÚTICA MAJOR FLORENTINO VAZ (Major Rubens Vaz). O clamor público se espraiava por todo o país, clama-se por justiça para a morte do Major Vaz; “o enterro de Rubens Vaz tornou-se um acontecimento cívico, com marcha popular conduzindo o féretro, do Clube de Aeronáutica ao Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, por aproximadamente oito quilômetros. Causou profunda emoção o reaparecimento do Brigadeiro Eduardo Gomes, herói da segunda guerra mundial, acompanhando a passeata fúnebre, de tempestuosa significação política, e sua declaração de que “o crime do Major Rubens Vaz para a honra do Brasil não pode ficar impune”. Era também o sentimento geral da nação. Um país mais fraterno e solidário: o congresso bradava por justiça, os jornais repercutiam o choro da nação.

Veja que tamanha diferença do que ocorre hoje, com a morte da Capitão médica: “A Marinha do Brasil (MB) lamenta informar a morte da Capitão de Mar e Guerra, médica Gisele Mendes de Souza e Mello, baleada no complexo do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), nesta terça-feira (10/12). A Marinha se solidariza com familiares e amigos e informa que está prestando todo o apoio neste momento de grande dor e tristeza.” Anuncia que “Blindados da Marinha circulam, na manhã desta quinta-feira, nas imediações do Hospital Naval Marcílio Dias, no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, onde a médica Capitão de Mar e Guerra Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, foi morta por um tiro de bala perdida. De acordo com a Força, a medida é para garantir a segurança na região. A ação não tem data para terminar”. Todos sabem que o hospital onde foi atingida a Capitão Médica Gisele é um enclave do bem rodeado por um cinturam de milicianos, grupos de bandidos ligados ao comando da capital, enfim criminosos de toda estirpe. Esse era o momento do comandante da Marinha dizer em alto e bom som: o crime da Capitão Médica Gisele, para honra da Marinha do Brasil, não pode ficar empune; levar uma mensagem dura, através de todas as mídias, de que que seus comandados não descansaram enquanto não identificar, prender e punir os assassinos da Capitão Gisele e estabelecer a paz no entorno de todos os espaços ocupados pela Marinha. Com isso se fazia respeitar e lavava a honra de sua corporação. O Almirante Comandante da Marinha deve aprender com Nicolau Maquiavel, que ensinava: o Príncipe, “Sendo obrigado a agir como um animal, deve o príncipe valer-se das qualidades da raposa e do leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas, e a raposa não consegue defender-se dos lobos. É preciso, portanto, ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para afugentar os lobos.”

FRANCISCO MELO CARTAXO                             

Professor da UECE, economista,                  

Analista de Planejamento

Seplag/Iplance

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