“Lula diz que ‘não tem nada de grave, nada de anormal’ em eleição sob suspeita na Venezuela”, ao falar pela primeira vez sobre o golpe do ditador NICOLÁS MADURO. Ao ser reticente sobre a eleição (2024) na Venezuela, o presidente do Brasil passa a mensagem de que as atitudes do poder venezuelano têm que ser respeitadas. Como deixou claro em pronunciamento: “Como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre oposição e situação, a oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça andar o processo. E aí vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Estou convencido de que é um processo normal, tranquilo”. Deixou claro artigo da Folha de São Paulo: “A ditadura chavista controla os órgãos eleitorais do país e também a Justiça e a Suprema Corte, com juízes apontados pelo regime e com decisões que nunca contrariam o chavismo”. Mesmo assim, Lula continua com sua cantilena, chegando a arregar de maneira vergonhosa em defesa do ditador venezuelano: “Não tem nada de grave, nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a terceira guerra mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição. Teve uma pessoa que disse que teve 51%. Teve uma pessoa que diz que teve quarenta e pouco por cento. Um concorda, outro não. Entra na Justiça, a Justiça faz”, disse. Talvez, o jornalista J. R. GUZZO tenha razão quando diz: “Lula decidiu ser cúmplice de crime cometido por Maduro na Venezuela”; continua o jornalista: “É raro ver uma escolha indecente ir se tornando menos indecente com o passar do tempo. Decisões desse tipo não são biodegradáveis – na verdade, ficam cada vez mais perniciosas e conduzem a uma espiral crescente de emendas piores que os sonetos. É precisamente este o caso do governo Lula com a sua decisão de apoiar, para todos os efeitos práticos, o roubo das eleições na Venezuela que acaba de ser praticado pela ditadura de seu parceiro e amigo Nicolás Maduro”. Conclui GUZZO, “Não veio ata nenhuma no domingo da eleição. Não veio na segunda, na terça, na quarta, na quinta, na sexta – e se vier, vão dizer que maduro ganhou. O chefe de fato do Itamaraty, Celso Amorim, vem agora com uma tese revolucionária: a oposição tem de “provar que ganhou”. Aparentemente, o ditador está dispensado dessa mesma exigência. É o absurdo ficando cada vez mais absurdo”.
MÁRIO THOMAZ ARTICULISTA POLÍTICO DOESPAÇO CARIRI