O povo mauritiense é um povo forte que ama sua terra e a ela se dedica como bons filhos aos seus pais; povo trabalhador somos o maior produtor de manga do Ceará e em primeiro lugar como produtor de milho; porém, o mesmo não se pode dizer do poder local, se acompanharmos seu desempenho nos últimos setenta anos: políticos que claudicam quanto as demandas do município ou se encolhem quando deveriam lutar pela sua terra. É o velho complexo de vira-lata; dois exemplos para iniciarmos o debate: na década de cinquenta perdemos a BR-116 para Brejo Santo, segundo o ex-prefeito brejo santense Mario Leite, em entrevista a professora Fátima Araújo Teles, para o livro “Brejo Santo: Revisitando o Passado e Construindo o Presente”, conta: “Quando foram instalar a BR – 116, estava decidido que ela não passaria por Brejo Santo, mas sim, pelo município de Mauriti. No entanto, devido o prestígio que o dr. Fernando (Fernando Leite Tavares) havia adquirido pelo presidente Getúlio Vargas, o referido Dr. fez-lhe o pedido, para que a BR – 116 passasse dentro de nossa cidade, .”
Outro cochilo para não dizer MANCADA, do poder local: com a abertura do Canal do São Francisco Mauriti foi reativo, se envolveu por demais com as pequenas demandas que lhes proporcionava favores político e deixou de lado ações mais importantes para o desenvolvimento municipal: trabalhar para que a água do canal passasse por dentro do açude Quixabinha, isso acontecendo Mauriti revitalizava e consolidava o projeto de irrigação quixbinha. Veja o que ocorreu com o Açude Atalho em Brejo Santo, a água do canal do são Francisco passa por dentro desse açude, gera externalidades positivas como: projetos de irrigação, turismo ecológico e pesca esportiva, entre outros atrativos.
Ambos empreendimentos sinalizaram com novos tempos para a região, mas, especialmente, para Brejo Santo: expansão de áreas irrigadas, implantação de novos projetos industriais, equipamentos de saúde, segurança pública e educação.
É importantíssimo que o poder local de Mauriti abra um diálogo permanente com a sociedade para que se desenhe o município que queremos construir e consolidar, a cidade a ser projetada para o futuro, que acolha seus idosos com mais segurança e abra perspectiva para a realização dos mais jovens. Precisamos reinventar a gestão pública, fomentar o espírito empreendedor para transformar Mauriti, pois “Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Como cantou o Maluco Beleza – Raul Seixas