Manoel Messias: essa rua conta Nossa História

A rua Manoel Messias é uma homenagem ao patriarca da família Messias Azevedo, extensiva aos netos: Lourival, Barroso e Cardoso, criados pelo

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A rua Manoel Messias é uma homenagem ao patriarca da família Messias Azevedo, extensiva aos netos: Lourival, Barroso e Cardoso, criados pelo avô e descendentes de sua filha Josefa Claudino de Azevedo e do juazeirense Expedito Arruda; os netos: Lourival Messias ( Louro Messias) e o irmão Barroso (José Edval de Azevedo), são referências nessa homenagem pelos serviços prestados ao Município de Mauriti: Barroso, de saudosa memória, foi funcionário municipal e vereador; Louro Messias por muito tempo um animador cultural em nosso município, admirado pela sua criatividade e capacidade de trabalho: funcionário da irradiadora, dono de cinema e de rádio, onde promovia programas de calouros e enviava mensagens aos ouvintes através de seus programas na irradiadora e da sua rádio, em uma época sem telefone e sem internet; ao se afastar do segmento de comunicação, Lourival ingressa na antiga Coelce, por onde se aposentou. O irmão mais novo, Cardoso, (Claudio) deixou Mauriti muito jovem, retornou a terra natal depois de trinta anos, após essa visita não voltou mais ao solo mauritienses. O avô Manoel Messias, pernambucano de Baixa Verde, deu seu contributo para o crescimento de Mauriti: foi sapateiro, comerciante, agropecuarista e construtor, deixando vários imóveis na cidade, inclusive na rua que leva seu nome; nesta deixou várias propriedades: o terreno onde foi construída a casa de seu neto Louro Messias; a casa na qual residiu Arlindo Pereira Dantas (Arlindo de Antônio Mingú) e os prédios que atualmente pertencem ao odontólogo Sávio Martins. Frontal a esses prédios fica a praça Oscar Sobral, construída na gestão de Nilton Vasconcelos Sobral (1971/72) que veio arejar as ruas José Quintino e Manoel Messias e dá um traço urbanístico, nesse ponto, a cidade.
A antiga rua sem identificação legal pela prefeitura, que hoje leva o nome de Manoel Messias, é formada, a partir de seu início na Sinval Lacerda, até a José Quintino por quarteirões conhecidos, popularmente, como beco de Sula, (os quarteirões que dão acesso a av. Sinval Lacerda); e o quarteirão que liga a praça dá matriz a rua José Quintino conhecido, primeiro, como beco de Valdivino, ao ser retirada a casa de Valdivino que dificultava a movimentação por essa rua, passou a ser conhecido como beco de dr. Fernandes. São logradores públicos de pouca movimentação, apesar de ficarem no centro da cidade, ladeados pelos oitões dos prédios que dão contorno a rua. É uma pena que esse espaço urbano tenha sido esquecido pelas as administrações municipais, pois até hoje, não foi contemplado por qualquer política urbana que o revitalizasse e valorizasse-o como espaço público, mesmo sendo vizinho de dois monumentos históricos que envaidece o mauritiense: a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Praça dr. Cartaxo.
A rua Manoel Messias, após a José Quintino, em demanda para a CE- 384, cruza o bairro Serrinha, passa por trás da capela de Nossa Senhora Aparecida, terminando naquela Ce. Para aqueles que por ali transitam, dá a impressão de que vislumbram um mosaico composto por diferentes edificações: os casarios se alternando aos prédios de dois pavimentos, que vão surgindo na medida em que os moradores, em sua maioria vinda da zona rural, possam demonstrar a dimensão de seu poder aquisitivo; as bodegas e pequenas lojas se misturam a residências, oficinas, academias, etc. Vista de cima a Serrinha nos dá a ideia da “”Composição”, quadro do cearense Antônio Bandeira, já a rua Manoel Messias a noite, de tantas luzes que se entremeiam, nos dá a impressão de que estamos admirando outra pintura de Bandeira, quem sabe, a “Grande Cidade Iluminada”.
FRANCISCO CARTAXO MELO

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